Nas últimas décadas, temos vivido uma verdadeira revolução tecnológica, que impactou não só os nossos hábitos de consumo, mas também nossa forma de viver, se inserir no mundo e, por que não, trabalhar. O que antes poderia ser apenas um sonho para muitas pessoas, enquanto seguia como algo inimaginável para tantas outras, tornou-se realidade de um dia para o outro em 2020, com a pandemia de Covid-19. E foi assim que o trabalho remoto nasceu para grande parte dos brasileiros.
Naquele momento, este novo modelo de trabalho surgiu como a única alternativa para manter times funcionando e empresas produzindo. A alternativa, que era parar completamente as atividades, definitivamente não era uma opção. No final, para aqueles que conseguiram se adaptar ao novo cenário, todos saíram ganhando. Chegou-se a falar que o trabalho 100% remoto seria o novo normal.
Pois bem, 4 anos se passaram e estamos aqui, assistindo muitas organizações lutarem para retomar o “velho normal”. Mas e aí, será que o melhor cenário é mesmo voltar para o trabalho presencial e “readotá-lo” como modelo de trabalho oficial?
Os vieses do remoto como modelo de trabalho
Menos tempo gasto em deslocamento, maior qualidade de vida, maior flexibilidade de horário, mais tempo com a família e maior autonomia foram alguns dos benefícios que os profissionais puderam usufruir com o novo modelo de trabalho. Mas, engana-se quem pensa que somente os trabalhadores saíram ganhando.
Com o trabalho remoto, empresas puderam enxugar seus gastos com aluguel, manutenção de seus escritórios e benefícios pagos aos funcionários, assim como passaram a acessar profissionais de todo o mundo, já que agora a distância não importava. Em muitos times, a produtividade foi alavancada, seja porque colaboradores mais felizes e menos estressados produzem mais ou porque agora, sem o tempo perdido em deslocamento, podem sair e entrar em diferentes reuniões de forma muito mais rápida e menos desgastante.
Como tudo na vida, é claro que o cenário em que os profissionais trabalham 100% de outro lugar que não o escritório também trouxe seus desafios. Dentre eles, a gestão à distância com certeza se classifica como um dos mais desafiadores. Não podemos e nem queremos negá-los. Mas, ao discutir e implantar uma retomada do presencial, é preciso levar em conta que o que foi vivido não será apagado e que, talvez, modelos inflexíveis também sejam impopulares, trazendo consequências.
E agora: será que a galera volta?
O retorno gradual ao modelo de trabalho presencial já é uma realidade. Mas, mais importante do que definir como esse pessoal vai trabalhar, deveria ser entender os motivos que levam você, como empresa, a querer retomar. E mais: saber que o mundo de oportunidades que se abriu para que você contratasse e para que os seus funcionários fossem contratados no modelo remoto, não irá se fechar.
Tendo isso em vista, você está pronto para abrir mão de talentos que conquistou e que moram em outras cidades e/ou estados (ou até países)? Você está pronto para perder talentos que simplesmente não conseguem mais se ver trabalhando presencialmente e vão preferir buscar outra oportunidade?
Não existe resposta certa para essas perguntas, mas talvez o melhor caminho seja entender que a relação entre trabalhadores e empregadores é sim uma via de mão dupla. Da mesma forma que o colaborador precisa do seu emprego, a empresa precisa da sua mão de obra. Então, que tal pensar em um meio termo?
E é assim que o modelo de trabalho híbrido tem ganhado espaço
Flexibilidade segue sendo a palavra-chave. Colaboradores e empresas precisam se adaptar para continuar evoluindo e caminhando juntos. Como usufruir, então, dos benefícios do trabalho remoto e também dos ganhos do trabalho presencial? Mesclar parece ser a solução.
De acordo com uma pesquisa recente da Owl Labs, inclusive, 59% dos colaboradores gostam e aceitam um modelo híbrido de trabalho, enquanto um estudo da Gartner aponta que 43% das empresas já se decidiram por adotar essa modalidade. No fim, todo mundo sai ganhando, não é mesmo?
Para fazer dar certo, colaboradores e empresas precisam apostar em desenvolvimento das lideranças e dos modelos de gestão de equipes remotas
Poderia ser simples assim, escolher e fazer acontecer. Mas a realidade é que, para assumir esse modelo de trabalho, as empresas precisam se preparar melhor. Para que o trabalho remoto possa ocupar total ou parcialmente a agenda do trabalhador, ferramentas de gerenciamento precisam ser desenvolvidas e adotadas, assim como líderes e liderados precisam desenvolver habilidades para que a gestão do trabalho seja efetiva.
É preciso implantar uma Gestão de Desempenho que traga clareza e transparência, ajudando líderes a extraírem o que há de melhor em suas equipes e apoiando também esses liderados a provarem que podem ser tão ou mais produtivos sem que precisem estar todos os dias no escritório.
E qual o impacto na remuneração?
Novas políticas de remuneração também precisam ser estudadas, criando formas de remunerar por resultado, com foco nas entregas. Afinal, no trabalho remoto, mais do que no presencial, o que vale mesmo é aquilo que o funcionário entrega no fim do dia. Enxergar e reconhecer isso faz toda a diferença.
Além disso, muitas pessoas enxergam o modelo remoto como um benefício por si só e estão dispostas até mesmo a abrir mão de uma remuneração maior numa jornada presencial para poder usufruir das vantagens do modelo remoto.
Dessa forma, empresas que fazem questão do modelo presencial, para algumas funções onde o remoto é mais viável e está mais disseminado, vão precisar estar dispostas a oferecer uma remuneração e um pacote de benefícios mais atraentes, que estimulem as pessoas a trocar o remoto pelo presencial. Não é uma tarefa fácil.
São desafios modernos, vamos chamar assim rs. Se você precisa estudar alternativas diferentes de remuneração para atrair e reter colaboradores em modelos presencial, híbrido ou remoto, nós da Equilibrium estamos aqui para ajuda-lo. Já são mais de 15 anos atuando com projetos de Consultoria em Gestão de Remuneração e Performance.
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